domingo, 15 de janeiro de 2012

Coluna Observatório Ateu, by Fernando Thomazi (Jornal O Serra-Negrense, Ano 2, nº 15, Dezembro/2011)

Fernando Thomazi
OBSERVATÓRIO ATEU

Provando Cientificamente

Que Papai Noel Não Existe!

+ Campanha “Neste Natal

Não Me Dê Presentes!”

O texto a seguir foi retirado do site Ateus.net, cujo autor desconheço, mas que representa uma excelente forma de transmitir, mesmo de maneira rudimentar, o método científico de investigação através do humor. Ei-lo: “1) Existem aproximadamente dois bilhões de crianças (pessoas com menos de 18 anos) no mundo. Porém, como Papai Noel não visita criança das religiões muçulmana, hindu, judaica e budista, isso reduz o trabalho na noite de Natal para 15 % do total, ou 378 milhões de pessoas (de acordo com o Bureau de Referência de população). A uma taxa média (censo) de 3,5 crianças por lar, tem-se um total de 108 milhões de lares, considerando que haja pelo menos uma criança boazinha em cada lar. 2) Papai Noel tem cerca de 31 horas de Natal para trabalhar, graças à diferença de fuso-horário e à rotação da Terra, considerando que ele viaje de leste para oeste (o que parece lógico). Isso resultaria em 967,7 visitas por segundo, e significa que, para cada casa cristã com uma criança boazinha, Papai Noel tem cerca de 1/1000 segundo para estacionar o trenó, saltar, pular na chaminé, encher as meias, distribuir os presentes restantes sob a árvore, comer algum lanche que tenha sido deixado para ele, subir de volta pela chaminé, entrar no trenó e ir até a próxima casa. Considerando que cada uma das 108 milhões de paradas esteja distribuída uniformemente pelo mundo, (o que, naturalmente, sabemos ser falso, mas será aceito para fins de cálculo) estamos falando agora de aproximadamente 1,25 km por casa – uma viagem total de 121,5 milhões de km, sem contar idas ao banheiro e descansos. Isso significa que o trenó do Papai Noel move-se a uma velocidade de 1.046 km/s – 3.000 vezes a velocidade do som. Para fins de comparação, o veículo mais veloz já construído pelo homem, a sonda espacial Ulisses, move-se a acanhados 44,1 km/s, e uma rena normal pode correr a 24 km/h (no máximo). 3) A carga útil do trenó representa um outro elemento interessante. Considerando que cada criança não receba nada mais que um Lego médio, (907g) o trenó levaria mais de 500 mil toneladas, sem contar o peso do “bom velhinho”. Em terra, uma rena normal não puxa mais que 136 kg. Mesmo admitindo que renas “voadoras” pudessem puxar dez vezes o normal, o serviço não poderia ser feito com oito ou nove delas – Papai Noel precisaria de 360.000 renas. Isso aumentaria a carga, sem contar o peso do trenó, mais 54 mil toneladas, ou aproximadamente sete vezes o peso do Queen Elizabeth (o navio, não a monarca). 4) 500 mil toneladas viajando a 1.046 km/s cria uma enorme resistência do ar. Isso aqueceria as renas da mesma maneira que uma nave espacial ao reentrar na atmosfera da Terra. O primeiro par de renas absorveria (14,3x10 elevado a 19) joules de energia por segundo. Em resumo, elas explodiriam em chamas quase que instantaneamente, explodindo as renas atrás delas e criando estrondos sônicos ensurdecedores em seu rastro. Todo o conjunto de renas seria vaporizado em 4,26 milésimos de segundo, ou quase quando Papai Noel atingisse a quinta casa em sua viagem. Porém, nada disso importa, pois o Papai Noel, com a aceleração resultante de uma parada brusca a partir de 1.046 km/s em 0,001 segundo, estaria sujeito a uma força de 17.000 G's. Um Papai Noel de 113 kg (que parece ridiculamente magro) seria imobilizado no fundo do trenó por 1.957.258 kgf o que esmagaria instantaneamente os seus ossos e órgãos, reduzindo-o a uma bolha trêmula de meleca pegajosa cor-de-rosa. 5) – Conclusão: Se Papai Noel existiu, ele já está morto.” (Fonte: http://ateus.net/humor/textos/papai-noel-existe/. Numa próxima oportunidade iremos testar cientificamente a hipótese Deus. Aguardem! E participem da campanha "NESTE NATAL NÃO ME DÊ PRESENTES!" O presente que você me daria, dê para uma criança pobre! Se fizer isso, "esse" será o meu presente! Eu não preciso de mais um bibelô na estante, ou de uma agenda que nunca será usada, nem de uma camiseta que nunca vou usar por não gostar da cor (mas que, por constrangimento, sempre digo que gostei). Mas, aceitaria, de coração, um presente que custasse R$ 0,00... como o compartilhamento de um vídeo emocionante do youtube, um powerpoint mandado pelo e-mail ou um e-book transferido via pendrive. Crescemos numa sociedade capitalista, somos estimulados a comprar a todo o momento, fomos convencidos de que "quanto mais eu compro mais feliz eu sou!" Não alimente esse consumismo só porque você foi ensinado a agir assim. Presenteie quem realmente precisa, dê algo realmente útil, não coma além do que já está acostumado a comer, questione sempre qual o impacto que esse presente terá no meio ambiente mais tarde. Não se esqueça de que consumindo menos estará dando um grande presente à nossa mãe natureza, pois "o presente de hoje será o lixo de amanhã!"

3 comentários:

Anônimo disse...

Aí...
Achei este blog por acaso (isso é um blog, não?), mas achei bem interessante.
Os cálculos sobre o "Papai Noel" são verdadeiros? Se forem, deram um certo trabalho, não? Mas valeu a pena!!!
Depois de "deus", sugiro um com o "Coelhinho da Páscoa"...rsrsrs Daria certo trabalho também...acho que vou fazer um "rascunho" disso e posto aqui.
De resto, boa sorte no seu ateísmo (embora eu seja meio "cobntra" esta palavra, pois nos classificam tendo como parâmetro algo que não existe...Prefiro nomes como "racionais". Porque não inventam nomes pra quem não acredita em sacis? Em mula-sem-cabeça? Em gnomos?
Abraços,
Marcos Faxina.

Fernando Thomazi disse...

Obrigado, Marcos Faxina, pelo comentário. Sobre o Papai Noel, são cálculos aproximados, e o texto não é de minha autoria, como já deixei claro no corpo dele. Ser contra ou não à palavra ateu, ou ateísmo, é um direito seu, e essa é uma escolha arbitrária. Para mim não faz a menor diferença, o que importa mesmo é conseguir transmitir exatamente o que sou e o que penso, independentemente do título que uso. Na prática gosto de usar a palavra ateu para me definir por uma questão de praticidade e transparência. Usar outra palavra pode induzir as pessoas a achar que acredito no mesmo Deus que elas. Forte abraço!

Galvão disse...

Fernando, preciso falar com você. Pode me contactar no: galvaozim@gmail.com
Grande abraço
Galvão